domingo, 8 de março de 2009

I want it!

Ontem saí, fui para a igreja e resolvi pegar o metrô. Tudo estava normal, fui paguei a passagem, passei a catraca e fiquei esperando o trem chegar.
Por volta de cinco minutos depois algo me chamou a atenção de maneira incrível, vi um casal jovem, talvez chegando aos 30 anos de idade cada, e junto com eles uma criança de deveria ter uns 5 anos.

Até aí nada anormal, mas aquele grupo tinha algo especial. O filho deles estava muito alegre, acho que deveria ser a primeira vez dele no metrô. Ele olhava para todos os lados com um olhar vibrante e rápido. Parecia uma família feliz.
Ao entrar no metrô, eu me sentei e logo a minha frente se sentaram o garoto e mãe. Já o pai dicou de pé junto aos dois. O garoto olhava pela janela e mãe apontava para as máquinas desativadas a uns cem metros de onde passávamos.

- Olha, Arthur! Olha quantos trens!
- Mas esses são velhos, né?
- São sim.

O garoto parecia ser muito esperto e inteligente. Ele fazia um monte de perguntas, mas não aquelas perguntas chatas que te dão vontade de calar a boca da criança.
A mãe olhava para o filho de um jeito verdadeiramente único e com um sorriso na boca, depois ela encostou o cotovelo, com o braço dobrado, no encosto do banco e em seguida descançou sua cabeça em sua mão, como que estivesse sonhando ou vivendo um sonho. Ela suspirou e olhou para o marido com um olhar mais bonito ainda, ainda sorrindo.

O pai era tão bobo quanto a mãe. Tinha o mesmo sorriso embasbacado da esposa. Sorriso de quem está realmente apaixonado. Ele tinha um ar de orgulhoso pelo filho. Respondia todas as perguntas do garoto com toda a alegria. Realmente uma cena rara.

É lógico que eles não são assim vinte e quatro horas por dia, mas se for assim três horas por dia, já vale a pena. Eles pareciam muito aquelas famílias de propagande de margarina, mas essa cena me fez ver que não é impossível ter algo assim.
Fica aí a dica. Se você sonha com isso, acredite e um dia você terá. Tenha fé.

Bônus
(assistam de 1:38 até 2:30)

13 comentários:

Daniel Seixas disse...

O título do post foi tirado do vídeo.

Comentador Fiel disse...

Ei, você roubou meu sonho!

ps: é difícil acreditar.

Roses disse...

ahhh... num sei se qro isso então ainda num acredito!!
hauehauehuae
mas adorooo friends e suas colocações sem noção do tipo "he's gonna hate myself!!!"
ahuehauehauehauea

Comentador Fiel disse...

ps: já tive um affair com uma professora, fikdik

Daniel Seixas disse...

Difícil acreditar... mas fica mais fácil ao ver ao vivo assim.

Natália disse...

Eu acredito sim, e eu quero um dia uma vida bonita desse jeito.
Quero, quero, quero.
Mas eu quero uma filha chamada Nina.

Rábula disse...

a grama do vizinho é sempre mais verde

Daniel Seixas disse...

Ao meu ver, o csra só tinha olhos pro jardim dele.

Rábula disse...

Bom, que fique claro, respeito sua opinião. Mas discordo!

Acho que é uma cena muito superficial para fazer uma análise... eu diria até, de certa forma, precisa sobre a família. O cara poderia ter voltado da casa da amante e pensou "pronto, dei minha foda com aquela gostosa e agora voltarei para o seio da minha família feliz". Caberia para a mulher esse exemplo também.

Ou então o cara é humilhado pela esposa o dia inteiro e essa é a única hora que ele não se sente um lixo, quando ela se distrai com o filho. Talvez por isso esse semblante de felicidade.

Percebe como há uma gama de informações que o enunciado não forneceu?

Claro que talvez seja mesmo o que você disse e eu, como um cara chato e cético, preciso pôr defeito em tudo. Mas assim, muitas vezes (quase todas são muitas) essa casca é só uma casca.

Daniel Seixas disse...

O ponto do tópico é exatamente esse. Não me importa se o cara trai ela ou se ela o trata como lixo.
O que importa é essa cena principal. Eles não sabiam que estavam sendo vigiados e analisados e mesmo assim tudo parecia natural, expontaneo e feliz.

Nunca disse que o casamento era perfeito e que o garoto era um gênio e foi perfeitamente educado.
Eles com certeza têm seus problemas.
Mas se a gente for ficar prestando atenção só nas coisas ruins não há condição de vida saudável.

Atualmente o casamento é considerado uma desgraça e as pessoas já casam pensando em divórcio.
Eu mesmo tenho meus receios com o casamento.
Mas o objetivo do tópico é ressaltar o lado bom da coisa e mostrar que mesmo com tudo, pode-se ter um casamento feliz, mesmo que não perfeito.

Rábula disse...

Mas você acha que o simples fato de a cena parecer natural, a torna natural?

E a cena que foi aparentemente natural te faz ter esperanças acerca dessa instituição - o casamento?

"Mas o objetivo do tópico é ressaltar o lado bom da coisa e mostrar que mesmo com tudo, pode-se ter um casamento feliz, mesmo que não perfeito."

Eu entendi perfeitamente o que você quis dizer, e até concordo. Há sim um lado bom no casamento, na convivência em família. E, esses momentos de felicidades superam as crises, e fazem com que as famílias amem ser famílias, e motiva-as a lutarem por mais momentos de felicidade.

O que eu contesto é a legitimidade dessa cena. Será que é plausível; verossímil tirarmos conclusões tão fortes baseados apenas em nossos sentidos? Adiro às ideias de Descartes quando ele diz que a pura e simples experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo. Ele próprio nos disse que jamais devemos deixar-nos persuadir senão pela evidência de nossa razão.

Como eu disse, concordo que há um lado bom e que deve ser valorizado. Mas fico pensando que, se é o caso de essa família ser totalmente desestruturada e era apenas naquele momento que, por exemplo, o pai não sentia-se um traste, eu jamais quero ter um momento desse dentro da minha família. Compreende onde eu quero chegar? Eu não gosto de apenas uma evidência para exaltar algo. Talvez essa evidência, na realidade, seja o contrário do que eu propus que fosse.

Me fiz entender?

Daniel Seixas disse...

Acho que sim.

Eu concordo com você quando diz que essa única cena é longe de ser suficiente para uma análise da família e tal.

Mas o objetivo do tópico era só descever uma cena bonita e levar um ar de otimismo. Por que ir a fundo e vasculhar tudo? Veja bem, disse tudo. Por que não deixar-nos levar por uma coisinha boba como essa? As vezes faz bem.

Não pretendendo e nem quero analisar a vida toda deles ou de qualquer pessoa. Isso provavelmente nos faria desistir de qualquer tipo de relacionamento.

Débs disse...

ainda me recordo da minha primeira vez no metrô..
tinha 8 anos e estava com muita febre no dia, minha mãe foi me levar ao médico e fomos pra pior estação..
mas msm assim aquilo já me deixou menos doente (ou menos triste por estar naquela dor de cabeça) e na volta, como tinha sido medicada, ela me explicou como o metrô funcionava!
Eu quero que com meu(s) filhos seja um pouco diferente, mas com a msm emoção! essa família é o sonho de todos, mesmo que não admitam! :B